Julia Bôro de Lima

      Dentre as 50 milhões de pessoas no mundo que apresentam algum grau de demência, 70% são causadas pela doença de Alzheimer (DA). Por ser uma condição neurodegenerativa, os neurônios danificados não podem se multiplicar ou regenerar, perdendo totalmente sua capacidade de comunicação. Num contexto de onde a gênese da doença percorre um padrão de inflamação crônica, muito se investiga sobre a prevenção ou diminuição do tônus inflamatório, que precipita o surgimento de placas beta-amiloide. Além disso, a formação de placas pode surgir também em decorrênacia da quantidade excessiva de colesterol na circulação, potencializado ainda mais no presente modelo experimental, por deficiência da apoE. Desta forma, encontrar alternativas que reduzam a inflamação e auxiliem no controle do colesterol, podem duplamente auxiliar na prevenção de complicações relacionadas à doença de Alzheimer. Deste modo, a substituição de gorduras saturadas em uma dieta hiperlipídica por ácidos graxos ômega-3 pode possibilita uma análise sobre o processo de inflamação nos tecidos neurais em camundongos propensos à doença.