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Susana Castelo Branco Ramos Nakandakari

Nutricionista – UNICAMP

2014 - Iniciação Científica - LAPES - CNPq

2014 - Sanduíche - Kent State University

2017 - Iniciação Científica - LabGeN - CNPq

2018 - Iniciação Científica - LabGen - CNPq

2020 - Doutorado Direto - LabGeN - FAPESP

2022 - BEPE - YALE/US - FAPESP

E-mail: susana.nakandakari@gmail.com

http://lattes.cnpq.br/3117721594073903

Projeto 1 - Relação entre o Receptor GPR120 e o Sistema Imune

        Os efeitos protetores dos ácidos graxos ômega-3 são alvo de estudos há décadas. Trabalhos demonstraram que o ômega-3 tem efeito na redução de quadros inflamatórios, na redução de agregação plaquetária, na melhora da sensibilidade à insulina, no sistema imune, entre outros. Entre os mecanismos pelos quais o ômega-3 atua, a ativação do receptor GPR120 mostra-se importante. O receptor, uma vez ativado, é capaz de atenuar o processo inflamatório através do bloqueio da via de sinalização intracelular do NFkB. Trabalhos do nosso grupo demonstraram a presença do GPR120 no hipotálamo, fígado, músculo, tecido adiposo, aorta e retina. Além desses, o GPR120 foi descrito em células específicas do sistema imune, como células de Kupffer e macrófagos infiltrados na parede endotelial. Uma vez demonstrada a atividade deste receptor nesses tecidos específicos, é possível que o receptor GPR120 participe da coordenação da polarização dessas células em contextos inflamatórios. Caso tal hipótese seja comprovada, isso poderia constituir novas estratégias de intervenção fármaco/nutricional.

Projeto 2 - Avaliação do perfil inflamatório do intestino e tecido adiposo mesentérico de camundongos C57BL/6J em consumo agudo de dieta hiperlipídica.

      A obesidade é uma doença crítica na sociedade atual, com números crescentes a cada ano. Esta doença esta associada com uma série de complicações metabólicas, como resistência a insulina, o diabetes tipo 2 e complicações cardiovasculares que em conjunto representam a maior causa de mortalidade prematura em sociedades ocidentais. Dietas ricas em gordura (HF), constituídas de alto teor de gordura saturada, grande de açúcar, e alto nível calórico, e o sedentarismo são os maiores contribuidores da obesidade. O consumo de dieta hiperlipídica promove a inflamação intestinal e consequente desarranjo no controle da permeabilidade intestinal, facilitando o extravasamento de conteúdo bacteriano do lúmen do intestino para a corrente sanguínea. Neste interím, existe uma relação entre a inflamação do intestino e a disfunção da gordura do mesentérico, o qual acarreta doenças como a doença de Crohn. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo caracterizar o perfil inflamatório intestinal e mesentérico de camundongos submetidos a ingestão aguda de dieta rica em gordura saturada.

Projeto 3 - Avaliação do Perfil de Ácidos Graxos em Estoques Adiposos de Camundongos Submetidos ao Consumo Agudo de Dieta Hiperlipídica ou Contendo Fonte de Ômega-3 (óleo de linhaça).

       A obesidade é um dos problemas mais críticos do mundo. Esta doença esta relacionada ao surgimento de outras doenças como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemias e alguns tipos de câncer. Diante deste panorama, a busca por nutrientes que tragam benefícios a saúde esta cada vez mais avançada. Os benefícios dos ácidos graxos ômega 3 na prevenção de doenças relacionadas à obesidade já são bem esclarecidos na literatura, assim como suas fontes alimentares. Porém, pouco sabe-se sobre a incorporação dos ácidos graxos ômega 3 nos tecidos. Fatores como dose-resposta, falsificação de produtos fontes, armazenamento inadequado, biodisponibilidade e proporção dos nutrientes, podem causar prejuízo na incorporação dos ácidos graxos. Desta forma, os benefícios elucidados podem não ser aproveitados de forma íntegra, e podem, até mesmo, prejudicar o quadro de doenças inflamatórias. Portanto, determinar o grau de incorporação tecidual via dieta pode contribuir para a compreensão sobre o possível papel anti-inflamatório dos ácidos graxos ômega 3 nos tecidos adiposos mesentérico, retroperitoneal, epididimal e subcutâneo. Esses tecidos estão altamente envolvidos no processo inflamatório característico da obesidade e poderiam ser influenciados por gorduras oriundas da dieta.

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